Marcos Agmar de Andrade
domingo, 3 de março de 2024
domingo, 14 de maio de 2023
Obrigado
Por sua presença impávida
Por emagrecer para que eu voasse
Por me prender para que o ninho não esvaziasse antes da hora
Por me soltar na hora do enfrentamento
Pela repreensão de canto de olho que valia uma surra
Pelas lembranças de como se proceder à moda antiga
Por atualizar as maneiras do bem cuidar
Obrigado por toda
Sua excelência
Mãe
segunda-feira, 9 de janeiro de 2023
O 8/1/23 🫠🫥🇧🇷
O recado tá dado 🫠🫥🇧🇷! Sou tatara/bis-neto de quem antes comandava. E/Ou sou sem lastro com “essa gente” que passou a faixa. Gosto dessa terra sim! Até deixei de ir pra fora onde cumpriria leis que aqui me acostumei demais a não respeitar. Só pra quebrar aqui e exigir um regime em que acho que tudo posso pra garantir o meu e de minha linhagem. A baixo aquela prisão das “quatro linhas”!
quarta-feira, 28 de dezembro de 2022
“Irmanidades”
Um canto real
secara com a
esperança de
novos ares
Uma língua amarga
sobrara pedindo
lufadas de temperança
meu novo corpo
se molda a partir
do que deixaram
das estrelas
uma reunião de
propósitos vãos
explicara a dor
de vizinhos
Um gesto animal
se é que falam
apontara
o norte possível
siamês do mundo
luto por nós
a desenhar
irmanidades
domingo, 10 de julho de 2022
domingo, 22 de maio de 2022
Palavras-grifo
Mães repetem rezas,
não para ficarem.
Sim pra' revolver
entulho gigante
de palavras secas.
Os ritos zunem
passados, pessoas.
Com força definem
e evocam o lastro,
São palavras-grifo.
Seus sortilégios
nascem da vontade
sutil de ferir
o impulso da vida.
Resgatar-nos dela.
Mova e embaralhe
seu inocente dito,
mãe das palavras
sob a terra, guias.
Tente nosso pathos.
Contra elas anseios
e demandas novos
floresceremos.
Suas reiterações,
mãe, terão efeito.
A nós, explosões,
ecos de sua voz-
escombro alcançam.
E a nossos olhos
talismãs serão.